Monday, August 25, 2008

Caiu na rede é fake, lê, lê, á!

"A net tá cheia? Tá, tá, tá, tá! Cheia do quê? Cheia de dinheiro!
E o senador querendo faturar! Caiu na rede é fake, lê, lê, á!"

Com um grito de torcida futebolística, inicio o meu carrinho por trás contra o drible-da-vaca do senador (sonhador) Eduardo Azeredo (Azarado) no campo do ciberespaço tupiniquim.

Sim, bem amigos da Rede Blog, confira comigo no replay a sábia justificativa do ex-prefeito de Beagá para jogar de pára-quedas a lei que poderá controlar a livre navegação: "A internet não pode ser um manto de impunidade e irresponsabilidade - e na esmagadora maioria dos casos, não é isso.".

Olho no lance... Uh, pra fora! Eis que o camisa 9 do Senado perdeu a melhor oportunidade de se abster do lero-lero descabeçado. Seja, pois, caro político, bem-vindo ao mirabolante Mundo da Contradição. Ora, se apenas uma ínfima parcela dos internautas possuem a lúcida malemolência para maracutaiar a internet brasileira, para que colocar ratoeiras em nossos mousepads?

Aos que perderam ao primeiro tempo da partida, seja para ir à casa de banho (sim, o meu português é de Portugal) ou à fila do tropeiro, saibam que a lei brasileira contra crimes cibernéticos está no banco (eu disse banco) de reservas, possui respaldo técnico de 46 países e já começou a se alongar para adentrar o certame.

Basta a aprovação final do coach Câmara dos Deputados para burrocratização dar a conglomerados bancários do país lucros ainda mais exorbitantes. Sim, sim. Como já se sabe, são eles quem mais faturam com a fartura de transações econômicas virtuais por aqui. Que encontrem, portanto, meios alternativos de se barrar o ataque de piratas, mas sem tirar o livre direito de ir e vir da setinha branca pelos Windows, Macs, Linuxs e Ubuntus da vida.

Lades and gentlemens, diante de tal desnecessariedade legislativa, peço-lhes que repudiem com todas as suas banderolas as ações propostas pelo analista de sistemas Eduardo Azaredo. Os internautas devem possuir o direito de usufruir dos mares cibernéticos sem ser taxados de fakes. Exijamos do Governo um debate devidamente público do tema, antes que os navegantes dessa nação sejam derrotados com um gol de penalty roubado aos 49 do segundo tempo. Leia Mais!

Seja cidadão, assine ume petição online.

Foi até bom esse assunto ter aparecido como atividade do blog, porque já está na hora de dizer algumas coisas com relação a isso.

O que mais se lê por aí (aqui, aqui e aqui, por exemplo — ou então dando uma olhada no google) é que um fulano senador quer criminalizar a internet.




Questão epistemológica: quantas pessoas que escreveram sobre o assunto na internet realmente leram o texto da proposta do senador? Quantas pessoas realmente procuraram um ou mais juristas para se informar sobre o assunto?

Digitei duas palavras no google e dei de cara com o safenet.org.br, no qual estava público o texto de apresentação do projeto de lei:

"Apresentação: O Substitutivo apresentado pelo Senador Eduardo Azeredo aglutinou três projetos de lei que já tramitavam no Senado, para tipificar condutas realizadas mediante uso de sistema eletrônico, digital ou similares, de rede de computadores, ou que sejam praticadas contra rede de computadores, dispositivos de comunicação ou sistemas informatizados e similares, e dá outras providências. "

Sério, "Tipificar condutas realizadas mediante uso de sistema eletrônico, digital ou similares"..."que sejam praticados contra a rede de computadores" e blablabla.

Em primeiro lugar: Essa discussão é provavelmente anterior à época que você realmente começou a usar internet em casa. E se usava, era pra acessar algum site perdedor no "gocities" ou entrar no chat do uol com sua conexão dialup. Os caras estavam preocupados na época com a grande merda que poderia dar com a massificação da internet no Brasil. Já tinha muita gente fazendo, à propósito.

Segundo: O projeto passou pela comissão de constituição e justiça, o que quer dizer que o projeto está de acordo com a constituição e portanto pode ser votado. Isso significa que a discussão apesar de velha, ainda é muito incipiente.

Terceiro: A internet é invencível. Mesmo que alguém queira, de certo modo, ameaçar a integridade individual dos usuários, sempre haverá meios de contornar isso e continuar sendo feliz.

ZzZzzz... sério, me dá preguiça ver que as pessoas lêem uma coisa na internet, tomam como verdade e fazem um estardalhaço danado. Eu tenho um grupo de fansub e recebo e-mails diariamente de pessoas dizendo "SENADOR QUER CRIMINALIZAR FANSUB, MEO DEOS" seguido de um link pra um blog aleatório de uma pessoa que leu em algum outro blog aleatório sobre alguma coisa que vagamente se refere ao que de fato está acontecendo.

A internet é boa demais para essas pessoas.

Parece razoável querer encontrar e punir pessoas que fazem muita merda na internet. Talvez você não pense assim porque nunca sumiram 400 reais da sua conta bancária sem motivo aparente. Ou então porque nunca deve ter chegado na sua conta de cartão de crédito uma compra de passagem aérea para o Yemen no valor de 4000 reais. Nunca passei por esses infortúnios, mas isso não quer dizer que não faço idéia do quão desagradável isso deve ser. Me agrada a idéia de ver o desgraçado que causou isso sendo violado por colegas de cela na cadeia.

Não só no caso de dinheiro, mas nos casos de vírus também. Quem nunca quis esfolar, esquartejar e mijar nos dejetos mortais do feladaputcha que desenvolveu um vírus que fez você perder todos os dados do seu computador? Sim, aquelas fotos que você tinha acabado de baixar da máquina, ou o fichamento que estava ficando pronto pro dia seguinte.

Tá escrito na Abril, que o referido Senador defende que o projeto de Lei visa tornar criminosos esses escrotinhos que não têm nada melhor pra fazer na internet e NÃO o usuário comum, que descompromissadamente baixa um mp3 ou um filme.

A idéia é atuar contra os mal-feitores. Contra quem teve a intenção de causar danos a terceiros. LEIA-SE: baixar vídeo ilegal e vender, roubar senhas, desenvolver e propagar vírus. Relaxa, você vai continuar podendo baixar seu porn e copiando o blog dos outros. Isso não vai te colocar 3 anos na cadeia. Pelo menos, essa é a idéia.

Eu sugiro que as pessoas leiam a primeira versão do projeto e discutam as dúvidas com algum advogado, antes de fazer qualquer afirmação categórica. Sério, não assine nenhuma petição por aí como se isso fosse fazer alguma diferença na vida de qualquer pessoa. Você não está fazendo sua parte se unindo a correntes medíocres; hoje em dia nego pensa que ficar sentado com a bunda na cadeira e dar alguns cliques é exercer a cidadania.

Além disso, na pior das hipóteses, como eu disse no terceiro ponto, a internet é invencível. O Brasil não é o primeiro país a pensar na desanonimação da internet e na verdade, muitos outros países vivem isso de forma plena. Para eles, já existe desde 1999/2000 a freenet.

Trata-se de um dispositivo que permite a navegação de maneira anônima — ou seja, ninguém vai saber o que você baixou ou distribuiu na internet. Apesar de estipular um meio próprio, é uma forma interessante de visualizar um ambiente radicalizado e saber que é possível manter a liberdade de expressão mesmo com dispositivos externos que tentem impedí-la.

Tudo que é inserido na rede fica armazenado no disco rígido de outras pessoas que também estão acessando de maneira encriptada. Isso faz com que o rastreamento da fonte daquele material seja complicado e difícil de ser executado. Quando você acessa determinada página, ela não está em nenhum lugar específico, pelo contrário, pedaços dela estão espalhados por vários computadores ligados na mesma rede.
E a boa notícia é que existem várias outras ferramentas que dificultam a identificação da pessoa na internet.

Portanto, pare de chorar e informe-se. O projeto é ruim, tem grandes chances de não ser aprovado (ou ainda, ficar na discussão por mais alguns anos) e na pior das hipóteses, existem outros meios de garantir a liberdade de expressão que você tanto quer.
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Monday, August 18, 2008

Seu amigo tradutor...

Descobri recentemente que o Google programou alguns bots de tradução para serem usados no gtalk.

E como isso funciona? Simples. Você adiciona o bot na sua lista de contatos; quando você manda uma mensagem pra ele, a resposta vem traduzida, na língua diz respeito ao bot. hoho

O problema é que o Google se esqueceu do melhor país do mundo e ainda não disponibilizou muitos bots em português... mas já dá pra brincar.

Por exemplo: você adiciona à sua lista de contatos o endereço - en2pt@bot.talk.google.com (en2pt = English to Portuguese >> Inglês para Português)

Vai aparecer o camaradinha "en2pt" na sua lista. Você abre uma janela de conversa, digita um texto em inglês e ele traduz para português enviando a resposta. Fantastico, né? Mas essa novidade é de Dezembro do ano passado. haha - fracasso.

Oh my god! I'm going to cum!

Bom, dá pra adicionar mais línguas. De acordo com a página do gtalk, 24 bots estão disponíveis - ar2en, de2en, de2fr, el2en, en2ar, en2de, en2el, en2es, en2fr, en2it, en2ja, en2ko, en2nl, en2ru, en2zh, es2en, fr2de, fr2en, it2en, ja2en, ko2en, nl2en, ru2en, zh2en.

Mas com certeza esse número é maior, já que na lista não estão incluídos os endereços em português. Para saber o endereço do bot, basta adicionar @bot.talk.google.com às 4 letras da lista acima.

Você pode tentar en2pt@bot.talk.google.com que também funciona ;) Leia Mais!

Sunday, August 10, 2008

Leve seu computador no bolso

É muito fácil ter um pendrive. Todo mundo já deu um jeito de arranjar um.


O meu não é tão bonito assim.


Pra quem viveu a época dos disquetes, sabe como era sofrido ficar carregando dezenas deles pra instalar coisas grandes, ou carregar arquivos mais pesados.

O mais triste era a velocidade: aquele barulhinho nhéc-nhéc dava a impressão de que algo ia quebrar a qualquer momento. Sem contar o troca-troca.

Sorte de quem está nascendo agora, porque nunca terá que passar por esses constragimentos. Mas enfim, chega de papo. Vamos ao que interessa:

Outro dia — há mais de um ano — descobri lá em casa um pendrive bem velho que tenho, com capacidade de 512mb. Ele estava lá, paradão, contribuindo para o acúmulo de poeira local. Pensei "p*rra, tenho que dar uma utilidade pra isso". Tá, 512mb não é tanta coisa — pouco menos do que um CD (de 650mb), mas o negócio estava sem utilidade lá... é melhor do que nada.

Foi então que eu comecei a salvar coisas nele, coisas que eu poderia usar no computador de qualquer pessoa, sem ter que instalar no pc alheio. Vocês sabem: um cliente de IRC ou um navegador, algum programa de legendagem ou player de vídeo.

Eu comecei com o cliente de irc: copiei a pasta de instalação do meu pc para o pendrive e executei em outro pc. Tudo funcionou perfeitamen- Hmm, nem tudo. Toda vez que eu mudava de computador, eu precisava reconfigurar o programa, porque os arquivos de configuração ficavam na máquina e não no pendrive.

Óbvio.

Foi então eu encontrei o site portableapps.com, que resolve esse problema. Os caras pegam programas com código aberto e modificam de tal forma que ele pode ser executado do seu Pendrive sem perder as configurações. Eu sei, fantástico — pensei a mesma coisa quando fiquei sabendo.

Lá vem eu de novo, com novidades velhas.


Daí, olha só o que pode acontecer: Você pode ter o seu "portable Firefox" e carregar no bolso todos os seus favoritos, add-ons, senhas, histórico, etc. Nunca mais você vai ter que usar a lama de navegador do seu amigo. Você pluga seu pendrive e usa suas próprias coisas, acessa seus próprios sites, sem deixar QUALQUER resquício no pc que você estava. Todas as suas preferências são salvas no pendrive e não no pc que você está usando, ou seja, sua privacidade também é mantida.

Todo mundo já foi na casa de um amigo e rolou a seguinte cena:

"Nossa, eu vi um site muito bacana com um vídeo muito legal. Entra aí... hmm... esqueci o endereço. Eu tenho nos meus favoritos, depois te passo."

Ou seja, vai passar p*rra nenhuma. Ou ainda:

Você entra no seu e-mail na casa de um amigo, e por causa da pressa salva sem querer a sua senha pra entrar automaticamente. Depois fica aquela coisa chata pra remover o password do site, configurar o navegador pra não lembrar senhas e tal.

Se você estivesse usando o seu navegador ou o seu cliente de e-mail, nada disso estaria acontecendo! Ha! Eu sei, é ótimo.

O site oferece vários programas diferentes. Tem cliente de e-mail, office, players de vídeo, jogos, clientes de ftp, mensageiros instantâneos e muito mais.

Pra quem acessa vários computadores diferentes e está cansado de ficar instalando suas coisas em cada pc, vale muito a pena. Principalmente para os universitários. Obviamente, o computador que você está utilizando tem que te dar acesso ao dispositivo usb/pendrive.

Ah, e pra quem é mais nerd do que eu, alguns programas possuem opções de rodarem de maneira "portátil", e não estão disponíveis no portableapps.com. Exemplos são o Skype e o mIRC — basta você adicionar à linha de comando de execução do programa a opção "-portable". Se você é nerd mesmo, você entendeu.
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Wednesday, August 06, 2008

Agora ficou legal procurar por fotos e vídeos

Tá, o programa que encontrei já está disponível há um tempo; não chega a ser uma novidade quentíssima, mas pra quem descobriu o novo brinquedo apenas ontem não tinha como não comentar.

Estava eu atualizando a minha versão de pendrive do Firefox 3, quando resolvi verificar o que já havia sido desenvolvido de add-ons para a nova versão do navegador do grupo Mozilla. Pra quem estava acostumado com a versão 2.0 percebeu que alguns add-ons não funcionam na versão mais atual, 3.0, lançada há algumas semanas — fracasso.

NOTA: add-ons são pequenos arquivos que acrescentam funções adicionais ao Firefox. Com eles é possível ter acesso a várias facilidades como barra de ferramentas customizáveis, gerenciadores de conteúdo, favoritos, tabs, etc. e muito mais.

Foi então que eu descobri o PicLens, add-on desenvolvido pela Cooliris, empresa que criou um outro add-on muito famoso de visualizar miniaturas do links que você passa o mouse por cima, chamado "Cooliris Previews".



Esse PicLens é uma coisa fantástica. Ele cria um ambiente 3D com uma parede de fotos e vídeos. Você navega por essa parede utilizando o mouse, pra frente ou pra trás. Ao clicar em uma miniatura, a tela amplia e a foto/vídeo que você escolheu fica em destaque. Se você der duplo clique, a foto ou vídeo ocupa a tela inteira e um show de slides é acionado.

O conteúdo vem de sites como Google, Flickr, Amazon e Facebook. Você escolhe onde quer procurar determinado conteúdo no menu de pesquisa, escreve o que quer e aperta enter. Em segundos você é inundado com as centenas de resultados dispostos em uma parede tridimensional navegável.

O add-on conta com outro serviço: Ele acessa conteúdo dinâmico de sites compatíveis e atualiza em tempo real. Ou seja, é possível acompanhar notícias, traillers, vídeos, etc, de sites internacionais famosos. Na teoria, qualquer site que disponibilizar conteúdo via RSS Media, será compatível com o PicLens. No menu "Discovery" você encontra serviços pré-disponibilizados. Notícias internacionais, esportivas, entretenimento, etc [tudo em inglês].

Ah, sim. É gratuito ;)
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Monday, August 04, 2008

"Mundo lá!" ou "Mundo, olá!" ou "Olá, mundo!"


Fomos obrigados a fazer este post lama para iniciar o blog. Vocês sabem como é: protocolo acadêmico.

Já perceberam como quase tudo que tem o intuito de ser um teste na área de linguagem de programação tem um "Hello World"? Santa falta de criatividade. E como também estamos com falta de criatividade, resolvemos colocar uma foto pseudo-óbvia para estimular a mente daqueles que ainda não entenderam:

Alá [parte d]o mundo.

Tirando os posts obrigatórios meta-blog que vamos fazer, trabalharemos com o óbvio ululante. Porém, ainda pensamos que blog de Seul é roller.

Talvez vocês nos façam mudar de idéia. Mas não contem com isso.


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